domingo, 18 de abril de 2010

Auxílio metafísico/teurgico para cura: Deixe seu Nome

Auxílio espiritual para Cura: deixe seu nome

Solicitamos que os doentes, ou seus parentes/amigos, interessados em ajuda metafísica enviem seus nomes para o e-mail abaixo, ou deixe nos comentários deste tópico, para serem encaminhados para o grupo de Cura da Loja Martinista **** , onde receberão o auxílio espiritual de nossos Mestres.

Regras:
1) O nome deve ser completo;
2) Os casos graves devem ser assinalados (isto é importante);
3) Cada nome ficará recebendo o auxílio durante as reuniões do grupo no corrente mês, a cada dia 10 os nomes serão apagados.
4) Os que continuarem precisando do auxílio devem recolocar o nome na lista do tópico (isto pode ser feito pelo tempo necessário e desejado).
5) e-mail para contato: sedir_phaneg@hotmail.com

Muita Paz,

Pseudo-Sedir


A CIÊNCIA MARTINISTA

A Ciência Martinista permite o retorno para nosso princípio de unidade, para Deus; para isto é necessário caminhar para o Cristo, deixar a paz renascer em nossos corações, e sentir o quanto o Senhor é poderoso e suave para aliviar nossos fardos.
É somente Ele quem abre o caminho...
A obra possui quatro tempos: purificar, pedir, receber e agir.
Sedir nos indica o trabalho, assim como aqueles que nos ensinam a meditar nos evangelhos, a vivê-los e colocá-los em ação, para cada um dirigir sua vontade e sua liberdade para aplanar o Caminho e permitir à entidade de luz de nos abrir a estrada de retorno conforme um processo que é diferente nas formas mas idêntica em sua destinação.
As referencias essenciais desta Ciência estão no “Homem de Desejo” , Cantos 45, 99, 142, 274.

"A OM agrupa místicos cristãos que seguem a Via de sua Reintegração Espiritual. A Ordem Martinista, herdeira da tradição das antigas Sociedades Iniciáticas es-tóicas mitriacas, é joanita, rosacruziana e gnóstica. Seus membros se esforçam para chegar à superioridade, juntando-se ao "reino do centro" propício à descida do Paracleto enviado por Cristo".

"A via Martinista visa depurar, purificar o manto dos Martinistas (corpo sutil) através de diversas tomadas de consciência cujo cumprimento é a realização da Grande Obra e a criação do Corpo Glorioso”.

"A purificação visada supõe vontade de perseverança e de perfeição, que pelo esforço torna-rá o Iniciado estável e invulnerável. A OM se dirige, portanto, aos homens e às mulheres que realmente desejam conquistar por seu trabalho interior os planos superiores do espírito e só está aberta, portanto, às pessoas que dêem provas das capacidades de se direcionar para o caminho da conquista da cidadela do Ser".

O Martinismo moderno tem múltiplas faces. Sem pretender chegar à exaustão, podemos assinalar facilmente as principais linhas de força que explicam as diversas tendências que se encontram nas Ordens e nas Lojas Martinistas: Teurgica, Mística- cristão e/ou cabalística."

O Trabalho Interno

O objetivo do trabalho Martinista é separar o Fixo (Corpo Glorioso) do Volátil (Corpo Passional) através da aquisição das Virtudes Morais das antigas Ordens de Cavalaria, em substituição e sublimação aos Vícios pecados) da natureza inferior do homem.
Sobre esta Sublimação, ou seja, a transformação do Vício em Virtude, afirma Eliphas Levi: " Os Cabalistas denominam o pecado uma casca: a casca, dizem eles, forma-se como uma excrescência, que se enruga por fora, pela seiva que se coagula em vez de circular; então, a casca seca e cai. Do mesmo modo o homem, que é chamado a cooperar com a obra de Deus, construindo a si próprio, aperfeiçoando-se pela ação de sua liberdade, se deixar coagular em si a seiva, que deve servir para desenvolver suas faculdades para o bem, o homem realiza um progresso retrógrado, degenera e cai como uma casca morta. Mas, segundo os cabalistas, nada leva ao mal na natureza, o mal sempre é absolvido pelo bem ; as cascas podem ainda ser úteis, se forem recolhidas pelo agricultor, que as queima e se aquece com seu calor, e depois faz de suas cinzas um adubo nutritivo para a árvore; ou, então, pela putrefação junto à arvore, elas a nutrem e retornam à seiva pelas raízes. Segundo as concepções da cabala, o fogo eterno que deve queimar os maus é pois o fogo regenerador, que os purifica e, por transformações dolorosas, mas necessárias, os faz servir à utilidade geral, e os devolve eternamente ao bem que deve triunfar. Deus, dizem, é o absoluto do bem e não pode haver dois absolutos: o mal é o erro que será absolvido pela verdade, é a casca que, putrefata ou queimada, retorna à seiva e contribui novamente à vida universal"

Queimar as cascas é uma obra difícil e lenta; a Iniciação abre as portas à essa possibilidade e acelera essa árdua tarefa, que é completada pela Oração; pois a Oração é o fogo alquimico capaz de levar a termo esta sublimação da natureza inferior em superior.
Entretanto esta Oração deve ser precisa para alcançar seu objetivo, pois como nos prometeu o Cristo: " Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto. Pois tudo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, se abrirá. Quem de vós, sendo pai, se o filho lhe pedir um peixe, em vez do peixe lhe dará uma serpente? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem" (Lucas, 11: 10:13).

CREDO MARTINISTA
(Extrato do Ritual da Ordem Martinista escrito por Téder )

"Meditando sobre o sublime simbolismo do rito martinista, somos impelidos a realizar a seguinte profissão fé :

1. Cremos em um Deus Único e em uma Religião única como ELE, em um Deus para além de todos os deuses e em uma Religião que é síntese de todos os cultos. Cremos na infalibilidade do Espírito de Caridade mais que a temeridade dogmática de alguns homens.

2. Cremos na Liberdade absoluta, na Independência absoluta, na Realeza mesma, na Divindade relativa da Vontade humana, sendo ela regulada pela soberana Razão. Cremos que para se enriquecer é preciso dar, e que a felicidade individual não pode ir de contra a felicidade dos demais.

3. Reconhecemos no Ser dois modos essenciais : a Idéia e a Forma, a Inteligência e a Ação. Cremos na Verdade, que é o Ser concebido pela Idéia. Cremos na Realidade demonstrada ou demonstrável pela Ciência. Cremos na Razão, que é o Ser manifestado pelo Verbo. Cremos na Justiça, que é o Ser em ação, seguindo estas suas verdadeiras relações e suas proporções razoáveis.

4. Cremos que Deus mesmo, o Grande Princípio indefinível de Justiça, não saberia ser déspota nem carrasco com suas Criaturas; que não pode nem recompensá-las nem castigá-las; mas que a Lei da Harmonia Univesal leva em si mesma sua sanção, de sorte que o bem em si mesmo é a recompensa do Bem, e o mal o castigo, mas também o remédio do Mal.

Martinismo, Oração e Regeneração:



Oração e seus métodos por Paul Sedir

Aquele que ora seriamente, profundamente, é como um soldado no front de batalha, como um nadador se debatendo entre as ervas traiçoeiras. A inteligência pode se esvair; o corpo pode desfalecer de terror ou de fadiga; mas não é o lugar de esmorecer; já que o centro do espírito permanece ancorado no Céu; com esta demarcação e inclinação, nada de irremediável se produzirá.
Ser bem orientado, viver em paz e ser agradecido, eis portanto os três hábitos que preparam as forças interiores para a Oração.
Para direcionar estas forças em feixes, retesa o arco místico e faça tocar ao Céu as flechas do desejo; é preciso ainda ser atento, humilde, confiante, perseverante.
A falta de atenção é uma falta de fervor. Ser atento, é vontade; e é impossível desejar sem amar. Na verdade o Amor é a chave de todas as portas.
Para lutar contra as distrações , ore em voz alta. Se teu coração é seco, ore meditando, i. e., refletindo com tua razão lógica sobre cada palavra pronunciada, pesando e examinando lentamente.
Quando oramos, várias criaturas visíveis e invisíveis nos observam, nos escutam e se apresentam na porta do templo que é nosso coração; muitas somente percebem Deus pelas imagens contidas neste coração. Para estes irmãos atrasados, é útil que as palavras sejam ditas em voz alta e é uma maneira de conceder à nossa prece um corpo terrestre.
Malgrado este conselho de orar em voz alta, não acreditamos que as repercussões deste som no imponderável sirvam para grande coisa (...) pois é o sentimento que lhe fornece esta força e não a vociferação. É unicamente a sinceridade que torna a prece válida.
Podemos tomar, ao longo do dia, algumas precauções para desenvolver o poder de atenção. Abster-se de palavras inúteis, repelir pesadelos e, acima de tudo, se corrigir dos seus defeitos. Tornar santo; estas duas palavras contêm o segredo de todos os desenvolvimentos morais, espirituais e mesmo intelectuais; mas, infelizmente ! Acredito que a receita não seja tão simples; o misterioso possui tantos atrativos !
É suficiente descartar as distrações com grande e prudente calma, sem desistir; se três horas correm antes de pode dizer convenientemente o Pater , estas terão sido três horas muito bem empregadas; nenhum esforço se perde. A Prece pode ser penosa, sem gosto, aborrecida; e teria, assim, ainda mais mérito.

Traduzido de Paul, Sedir: “Lês Forces Mystiques et la Conduite de la Vie”, Paris, Amitiés Spirituelles, 1977 , págs 80 e 81.

Métodos de Oração de Paul Sedir:

1. Recolhimento interno.
2. escolher a posição: em pé, joelhos ou prosternado, conforme sua inclinação.
3. Dizer a Deus que está se colocando em Sua presença.
4. Esquecer as preocupações. Criar em si a humildade, depois a confiança, depois a calma.
5. Aquecer o coração recapitulando rapidamente todos os benefícios do Pai para com o mundo, - para o gênero humano, para si-mesmo. Tudo que Jesus fez por nós, - para o gênero humano, - para a criação.
6. expressar o desejo de colaborar com a Obra Divina.
7. Se humilhar profundamente.
8. Se oferecer a Deus desde a medula dos ossos ao cume do espírito, com todo seu coração e se possível até as lagrimas.
9. Perdoar do fundo do coração, do fundo da inteligência e mesmo do fundo da vitalidade corporal a todo ser e a todas as coisas.
10. Recitar a Oração dominical (Pai Nosso) com todo o fogo e toda atenção possível, sem procurar sensações psíquicas, na nudez obscura da fé.
11. Persistir até chegar a prece sem distração.
12. Tomar resoluções precisas.

Antes de um trabalho particular:

1. Recolhimento interno se colocando em calma, confiança e humildade.
2. Deus me ver, Jesus esta ao meu lado.
3. Se desculpar das faltas, em bloco.
4. Se arrepender com dor.
5. Se oferecer a Deus.
6. Lhe pedir ajuda.
7. Esquecer um estante tudo que sabe e deixar vir a inspiração.
8. Iniciar o trabalho.
9. Rever, examinar e corrigir o fruto do trabalho..
10. Agradecer ao Cristo.

Exame de Consciência

1. Agradecer a Deus por tudo dado ao longo do dia, em prazer e em penas/dor.
2. Pedir a lembrança das faltas e O Arrependimento.
3. Recapitular o dia hora à hora.
4. Procurar aquilo que me desagrada nos outros e me convencer de que possuo o mesmo defeito.
5. Observar minha ingratidão, minha traição, minha semelhança com Judas.
6. Arrependimento até as lágrimas.
7. Resoluções precisas e especiais formuladas para o dia seguinte.
8. Se ter com um puro nada e pedir o socorro de Deus.

No curso da Vida:

Manter-se na maior simplicidade e nudez interior. Nada de restrição e rigidez da vontade. Manter-se um com o céu, guardar a sensação viva da Presença Divina, viver com liberdade, paz, confiança amorosa.

Traduzido de Paul, Sedir: “Lettres Mystiques”, Paris, Amitiés Spirituelles, 1987, págs 41 à 44.(Comunidade no orkut dos Amities.

Filocalia150.
"Se, durante a vossa oração, um pavor, um estrondo, um raio de luz, ou outro fenômeno se produzir, não vos perturbeis; perseverai na oração ainda com maior tenacidade. Essa perturbação, esse pavor, esse estupor, vêm dos demônios, que vos querem afrouxar e fazer renunciar à oração, para em seguida apossarem-se de vós, quando esse afrouxamento se tiver tornado hábito. Se, enquanto fazeis vossa oração, brilha uma outra luz que não consigo exprimir, a alma se enche de alegria, do desejo do melhor, jorra um borbotão de lágrimas de compunção, sabereis que é uma visita e uma consolação (socorro) de Deus... (PG, t. 120, cc 665, 673, 684).
(do livro: "Pequena Filocalia - o livro cássico da Igreja oriental", ed. Paulus)

Quem não ora, não tece sua própria Imortalidade
Mas a Prece, com o sentido do Sagrado que ela exprime, é com toda a evidência um fenômeno espiritual. E, como nota judiciosamente o doutor Carrel em seu estudo, o Mundo Espiritual se acha fora do alcance de nossas técnicas experimentais modernas. Como então adquirir um conhecimento positivo da Prece? O domínio científico compreende, felizmente, a totalidade do observável. E este domínio pode, por intermédio da psicologia, estender-se até as manifestações do Espiritual. È então pela observação sistemática do Homem orando que nós aprendemos em que consiste o fenômeno da Oração, a técnica de sua produção e seus efeitos ( ).

De fato, a Prece representa o esforço do Homem para se comunicar com toda a Entidade incorpórea ou metafísica: ancestrais, guias, santos, arquétipos, deuses, etc..., ou com a Causa Primeira, ápice da pirâmide precedente. Longe de consistir em uma vã e monótona recitação de fórmulas, a verdadeira Prece representa um estado místico para o homem, um estado onde a consciência dele aborda o Absoluto. Este estado não é de natureza intelectual. Tão inacessível quanto incompreensível ao filósofo racionalista e ao sábio ordinário. Para orar, faz-se necessário o esforço de voltar-se para a Divindade. "Pense em Deus mais seguidamente que tu respiras...", nos diz Epictète. E curtas, mas freqüentes invocações mentais, podem manter o homem em presença de Deus.

" A Prece verdadeira é filha do Amor. Ela é o sal da Ciência; faz germinar a Ciência no coração do homem, como em seu terreno natural. Ela transforma todos os infortúnios em delícias; porque é filha do Amor, e é preciso amar para orar, e ser sublime e virtuoso para amar..."

"Mas esta Prece tão eficaz, pode ela jamais advir de nós? Não é necessário que ela nos seja sugerida? Devemos somente escutá-la com atenção e repeti-la com exatidão...Quem nos dera ser como uma criança, a espera da voz que nos fala?...".

(L. C. de Saint-Martin: "O Homem de Desejo").
Ambelain: L´Alchimie Spirituelle, technique de la voie interieure.

A Prece tem ainda uma outra função, é o seu papel construtivo, desempenhado em "regiões espirituais" que permanecem desconhecidas ou inexploradas: "Or et Labor...", diz a velha divisa hermética, "Ore e trabalhe...". E o adágio popular acrescenta: "Trabalhar é orar...". Concluímos que, talvez pela mesma ordem de idéias, orar eqüivale a trabalhar, ou seja, obrar. Pois nos diz São Paulo: "a Fé é a substância das coisas esperadas...".

Tudo depende do que se entende por esse termo. Talvez o homem que ora, o orador, construa em um outro mundo esta forma gloriosa, este "corpo de luz" do qual falavam os Maniqueus, e que é a sua Jerusalém Celeste, verdadeira "Cidade Celeste", nascida de seu "templo interior" (que lhe serviu de berço e protótipo inicial), em troca dos influxos celestes originais, por uma espécie de reversibilidade, de operação da obra terrestre no plano celeste.

A partir daí, podemos admitir que o homem que não ora, não tece sua própria imortalidade; ele se priva assim de um precioso tesouro. Neste caso, cada um de nós encontrará, depois da morte, aquilo que em sua vida carnal, tiver esperado aí encontrar. O ateu vai em direção ao nada, e aquele que crê, em direção a uma outra vida.

Psicologicamente, o senso do divino parece ser uma impulsão vinda do mais profundo de nossa natureza, uma atividade fundamental, e que se constata tanto no homem primitivo quanto no civilizado. E suas variações estão ligadas a diversas outras atividades fundamentais: senso moral, senso estético, vontade pessoal, etc...

O inverso é igualmente verdadeiro. E como bem observa A. Carrel, a história mostra que a perda do sentido moral e do sentido sagrado, na maioria dos elementos constitutivos de uma nação, conduz à sua decadência e rápida submissão aos povos vizinhos. Grécia e Roma são tristes exemplos disto. Devemos notar igualmente que o senso do divino levado ao estado de intolerância e fanatismo, conduzem também a tristes resultados.

Por outro lado, o homem é constituído de tecidos e líquidos orgânicos, permeados por um elemento imponderável chamado "consciência". Ora, o corpo vivente, soma dos tecidos e líquidos orgânicos, tem sua existência própria, ligada a uma relação regular com o universo contingente. Não é então permitido supor que a consciência, se ela reside nos órgãos materiais, prolonga-se fora do continuam físico? Nos é proibido acreditar que estamos mergulhados em um "Universo Espiritual" (pelo fato de nossa consciência, acessar a dois mundos diferentes), da mesma forma que nosso corpo carnal, que vive no universo material, donde ele tira os elementos para sua conservação: Oxigênio, Azoto, Hidrogênio, Carbono, e isto para o jogo das funções nutritivas e respiratórias?

Neste universo espiritual, onde nossa consciência extrai os princípios de sua própria conservação e saúde moral, é proibido ver o Ser imanente, a Causa Primeira que as religiões ordinárias chamam Deus? Em caso afirmativo, a Prece poderia, desde então, ser considerada como o agente das relações naturais entre nossa consciência e seu meio próprio, da mesma forma que a respiração e a nutrição para o corpo físico.

Assim, é tão vergonhoso orar quanto respirar, meditar, comer ou beber! Orar é portanto, equivalente a uma atividade biológica dependente de nossa estrutura, e seria uma função natural e normal de nosso espírito. Negligenciá-la é atrofiar nosso próprio "princípio", nossa alma em uma palavra.

E o grande psicanalista Jung nos assegura que, "a maioria das neuroses são causadas pelo fato de que muitas pessoas querem fechar os olhos às suas próprias aspirações religiosas, por força de uma paixão infantil pelas luzes da razão...".

Também é conveniente definir que neste campo, a recitação de fórmulas vagas e maçantes, sem a participação verdadeira do espírito, onde apenas os lábios têm uma atividade real, não é orar. É necessário também que o "Homem interior", aquele que Louis-Claude de Saint-Martin, à semelhança de seu mestre, Martinez de Pasqually, denominava de "Homem de Desejo", esteja atento e dinamize o que os lábios e o cérebro emitem conjuntamente.

Aliado à intuição, ao senso moral, ao senso estético e a inteligência, o "senso do Divino" dá à personalidade humana seu pleno desenvolvimento. Ora, é duvidoso que o sucesso na vida exija o desenvolvimento máximo e integral de cada uma de nossas atividades fisiológicas, intelectuais, afetivas e espirituais. O espírito é, ao mesmo tempo, razão e sentimento, e nós devemos amar a beleza e o conhecimento, tanto quanto a beleza moral. Nisto, Platão tem razão quando declara que, para merecer o nome de Homem, devemos "ter feito um filho, plantado uma árvore, escrito um livro...".

A Prece é pois, o complemento e a ferramenta essencial de toda esta transmutação do Homem. Ela é o Fogo e o Cadinho é o coração onde as austeridades e a ascese são os elementos combustíveis das impurezas iniciais.

A Obra é longa pela via úmida ( ). Ela dura, segundo a palavra da Escritura: "Até que o dia apareça e que a Estrela da manhã se eleve em nossos corações..." (Pedro, II Epistola 1, 19).
Ambelain: Op. Cit.

Onde praticar a Caridade ?

Instituições sérias que precisam de ajuda.

Muitas vezes desejamos ajudar mas não sabemos como e a quem, este tópico é para postarmos Instituições beneficientes sérias e confiaveis que precisam, e merecem, nossa ajuda e caridade.

AIS
A Instituição " Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS) é uma organização que desde 1947 ajuda as vitimas das catastrofes naturais e humanas em nosso planeta, eles possuem vários projetos de beneficiencia ( de mães solteiras aos drogados em recuperação, além de divulgarem o Cristianismo pelo mundo, etc). É uma Instituiçaõ séria e confiável,quem desejar ajjudar ligue para 0800 77 09927 ou 55XX11 5904-3740, ou no site: www.aisbrasil.org.br.

Médicos sem fronteiras
Os MSF fazem um trabalho internacionalmente reconhecido ( Prêmio Nobel da Paz) em favor dos desabrigados e das pessoas que vivem em campos de refugiados na África e Ásia. Também possuem vários projetos beneficientes no Nordeste do Brasil. Eles aceitam contribuições em dinheiro, além de voluntariado em suas missões, no RJ seu telefone é 2215-8688. www.msf.org.br

SUIPA
A SUIPA abriga animais abandonados na rua ou diretamente pelos seus donos em sua sede. Além de abrigos faz campanhas para adoção e castração de animais. A SUIPA não recebe qualquer tipo de ajuda do governo e todas suas ações são feitas com as contribuições mensais dos associados. Para ser um Associado e contribuir mensalmente basta ligar para sua sede no RJ:
2501-1529
2501-9954
2261-6875
2501-8691
2261-9405 e 2501-1085. www.suipa.org.br

Pró Criança Cardíaca
Instituição médica sem fins lucrativos voltada para cuidar da criança cardíaca carente.Focada na cirurgia cardíaca e procedimentos invasivos que necessitam de alta tecnologia hospitalar.

Localizada na Rua Mariana 40, Botafogo, Rio de Janeiro.
Hospital de apoio: Hospital Pró Cardíaco.
Contatos:
http://www.procrianca.org.br/home.htm
(21) 2527-7169
Para doar qualquer valor:
Banco Bradesco (237)
Agência 0227-5
Conta 92992-1

Ensinamentos Martinistas:




E
A Gnose - conselhos a um neófito
Por F. CH. Barlet

Pedes conselhos, caros amigos, sobre a senda na qual te encaminhas; é tão vasta e difícil que considero que te tenho precedido de muito pouco, Sem embargo. vou dizer-te o que tenho percebido.

Suponho antes de tudo, que se tu aspiras à Iniciação é porque pertences àquela raça de homens que os antigos chamavam real, não pelo seu nascimento e sim porque eram aqueles que não se deixam entusiasmar pelos vãos progressos de nossa vida material. Sabendo que fonte perigosa de lutas sangrentas e degenerescência encobre sua sedutora abundância, preferem consagrar-se por inteiro ao verdadeiro papel do homem, que é uma participação cada vez mais ativa na vida divina e o sacrifício para o bem de todas as criaturas. A mesma iniciação verdadeira a que aspiras não é senão uma preparação a esta santa e difícil missão.

Se queres obtê-la impelido por outros sentimentos, o melhor. conselho que posso dar-te é o de renunciar a ela. Mas não esperes de mim, tampouco, que possa fazer mais que indicar-te a direção até o umbral de um santuário no qual todavia não posso lisonjear-me de haver' penetrado; não se chega a ele por outra parte. a não ser por seus próprios esforços. Tudo o que posso fazer é indicar-te os obstáculos ou arrecifes que tenho encontrado no caminho.

Tu sabes de que fenômenos somos testemunhas ou até agentes; seja precavido contra sua atração. Ecos distantes da luta formidável que nos espera, os tomamos em seguida pelo canto do triunfo. Quando o jovem, ao entrar no mundo, se vê marchar a si mesmo à frente da tropa fardada para a parada e ao general e ao estado-maior todos cobertos de ouro e cheios de condecorações, seu coração se inflama de entusiasmo pelo estado militar, ele não imagina os rigores e desgostos da disciplina cotidiana, nem as ignóbeis carnificinas do campo de batalha, nem a morte obscura que, emboscada, lhe espera a cada passo, vergonhosa e repugnante. Nada percebe a não ser a ilusão fascinadora do poder e as aclamações da multidão. Não te deixes seduzir por semelhantes ilusões.

Desconfia, ainda mais. do assombro que produzem em ti os fenômenos prodigiosos; é a tua própria alma que eles põem em perigo!

É preciso conhecer o fenômeno, observá-lo em detalhe, não descuidar nenhum, - e há grande variedade, - mas encará-lo sempre com sangue frio, recebê-lo sem emoção, tratá-lo mesmo com a maior reserva, quase sempre com desconfiança, por mais sedutor que seja. Se o fenômeno é o escravo do verdadeiro Mestre, é o mais perigoso inimigo do neófito, e o mais orgulhoso tirano que o adula e o debilita o quanto pode; os antigos, tu o sabes, o representavam pelo símbolo da Sereia de canto sedutor, emboscada nas margens mais encantadoras para devorar a sua jovem vitima no fundo das águas, imagem fiel do perigoso Astral..

Tentarei indicar-te a razão disso, mas não poderás conhecê-lo completamente a não ser através de teus estudos.
O prodígio te assombrará só se o confrontas com o tipo de forças desta Terra. Mas não é sem razão que estamos encerrados nela; sem nossa couraça de carne, sem os Limites infranqueáveis de nossa atmosfera, estaríamos constantemente expostos ao torvelinho das forças cósmicas e, se queres fazer uma idéia do que são, contudo ainda que imperfeita, consulte apenas nossa ciência astronômica todo principiante em esoterismo deveria começar com ela, porque entra em um vestíbulo onde as portas do Universo serão entreabertas para ele.
A força sempre inseparável da matéria, como dizem os positivistas podem sustentar sua existência condenada às custas da nossa, subtraindo-nos essa parte de nosso ser que tu chamas corpo astral, não há seduções, malícias, mentiras, que sua alta inteligência e sua perversidade não inventem para fazer-nos cair entre suas garras. Em nenhuma parte a terrível luta pela vida é mais implacável que nessa região do Astral que nos circunda imediatamente, e dela provem quase todos os fenômenos do pretenso ocultismo.

Apolônio de Tyana a define claramente em algumas palavras: "Aqui, discípulo, passam os demônios em meio das tumbas, e aquele que ai chega é detido, e a aparição dos demônios o enche de medo e estremecimento; trata-se, neste caso, da magia e de todas as práticas da goecia". E mais adiante: "Aqui, o que é preciso é cala'-se, estar tranqüilo, porque aqui está o terror" (1).
Eis aqui o abismo que deves ultrapassar, antes de chegar à iniciação. Não te espantes demasiado, pois a virtude basta para preservar-te, mas recorda também que o orgulho é o erro que te fará cair nele mais facilmente..

Recorde constantemente que as práticas que o assim chamado ucultismo poderá revelar-te são artes muito difíceis e que necessitam tanta pureza, humildade e virtude quanto ciência árdua e ampla. A mais perigosa, a mais penosa de todas é a defesa contra as seduções do fenômeno. É o perigo que a tradição representa sob o símbolo do DRAGÃO DO UMBRAL: seu olho, que persegue o neófito, o fascina como o da serpente e o faz rapidamente cair na garganta do monstro. Se tiver ainda ocasião de falar dele no curso de teus estudos, me será muito fácil relatar-te exemplos dos quais tenho sido uma impotente testemunha.

Guarda-te, pois, de imitar o grande numero de ocultistas que verás em teu redor a entregarem-se, com toda a imprudência da ingenuidade ou do orgulho, à essas forças que, em lugar de temer, se comprazem em chamar sem conhecer nada de sua natureza. Considera sempre a esses ocultistas em teu pensamento como os discípulos imprudentes ou presunçosos de algum mestre na arte química: uma ou duas vezes lhes tem sido dado entrever suas demonstrações; impressionados pela singularidade de seus produtos, pelas cores variadas do precipitados, pelas transformações instantâneas de seus compostos, pelas inflamações e explosões que as acompanham, têm reproduzido algumas, e isso lhes bastam para se crerem sábios como o mestre e para declararem-se, por sua vez, químicos eméritos e fazerem-se os chefes da escola. Eu estaria mesmo autorizado a dizer-te que mais de um não tem buscado essa semiciência a não ser para extrair dela venenos que os tornem senhores, segundo crêem, da humanidade.

Convencete-te, pois, querido amigo, que. todas as práticas chamadas ocultas, quando não são crimes verdadeiros e de uma vergonhosa covardia, representam artes que não são possíveis a não ser pelo preço de uma ciência transcendental e de uma verdadeira santidade.
Se queres ser digno delas, teu primeiro esforço, e por muitíssimo tempo, é o de trabalhar sobre ti mesmo para dominar os defeitos que a todos nos afligem: armar-te depois, o mais que possas, de todos os conhecimentos de nossas ciências positivas, demasiado freqüentemente descuidadas e até desdenhadas pelos estudantes do esoterismo, quando, pelo contrário, são indispensáveis e dedica-te depois ao estudo da Religião, no sentido mais verdadeiro e elevado da palavra, à~ inteligência de seus preceitos e de suas práticas, ao significado profundo de seus símbolos e de seus mistérios. Que a tradição a que te dedicas, seja qual for, seja o primeiro ponto de teus estudos; não tardarás a convencer'-te, mais adiante, que as diferentes tradições encobrem todas uma só Verdade, piamente conservada e, desde o momento em que possas percebê-la, sua assombrosa majestade te recompensará então das inevitáveis lentidões do labor que te indico. Eis aqui o que chamamos Gnosis!

Ao buscá-la, encontrarás que doutrina pode acercar-te a ela mais rapidamente ou mais seguramente; não deixes de pô-la em prática; teme só o deixar-te extraviar pela superstição; é na Religião que está todo o verdadeiro Esoterismo; desde os tempos mais remotos é nos Templos que se conquista a Iniciação, porque ela tem por finalidade e por efeito o de abrir os mais sagrados Santuários somente àqueles que estão decididos a consagrarem-se à salvação da Humanidade, como humildes servidores da Divindade.

Fora dessa via difícil e vasta, poderás encontrar muitos chefes que se oferecerão a iniciar-te; poderás decorar-te a teu agrado com títulos tão pomposos e solenes quanto vãos; poderás acreditar-te chamado aos maiores destinos, à gloria das potências misteriosas e temíveis; poderás chamar-te um ocultista, mas não serás nunca um Iniciado.

Mas se, como desejo, perseverares com prudência no caminho vasto e difícil do estudo e da CARIDADE, espero que me bendigas um dia por ter te mostrado os perigos da prática e haver-te afirmado a necessidade do labor intelectual, humilde e silencioso. Tua juventude e teu zelo me dizem que poderás chegar um dia a essa Terra Prometida que apenas me está permitida entrever, por ter errado muito tempo em sua busca.

NOTAS:

1. (nota do autor): "Nuctmeron", 4ª e 5ª horas.

2. (Nota do tradutor para o castelhano) - Charles Barlet é o pseudônimo do célebre ocultista francês Albert Faucheux. Nascido em Paris em 12 de outubro de 1838, faleceu em 27 de outubro de 1921. Advogado, funcionário da administração das finanças e membro de muitas sociedades científicas (... )
Homem sábio e humilde, tem sido considerado por Papus como o mais culto esoterista da França de sua época. (...) O presente artigo, que temos traduzido para oferecê-lo aos Leitores de "LA INICIACION" foi publicado na revistas “La Gnose, ano 1910, N. 10, págs 205 a 209. (...)

3. (Nota do tradutor para o português) - Esse artigo foi publicado no N. 46 de "LA INICIACION", de fevereiro de 1946




COMO UTILIZAR UM SÍMBOLO ?




COMO UTILIZAR UM SÍMBOLO ?

Selecione seu problema, uma dificuldade na vida, um desejo, uma necessidade verdadeira. O que deve fazer? De preferencia, no início, não escolha algo difícil, tudo pede um pouco de treinamento. Antes de correr uma maratona, uma distância de 500m é o suficiente, mas repetindo várias vezes.

Por exemplo: No caso de uma doença. Escolha um símbolo relacionado a uma saúde radiante; A imagem de um campeão no momento de seu triunfo ou a lâmina do taro da força, esta dama dominando as mandíbulas do leão. A primeira tem repercussões diretas obre o mental e o físico, o segundo símbolo atinge diversos planos.

Uma séria reflexão permitirá encontrar o símbolo de sua necessidade, evitando as armadilhas da aparência, como daquelas pessoas que desejaríamos nos tornarmos, mas cuja vida cotidiana é às vezes terrificante. ( estrelas de cinema, manequins, etc...).

Crie a imagem de seu desejo, precise , nutra de reflexões como de imaginações. Certos símbolos são poderosos: Om, taça do Graal, o esquadro e o compasso, o pantáculo martinista.

A TÉCNICA

Escolhido o símbolo: torne-o visível a seus olhos a todo instante; observe-o regularmente. Para torna-lo efetivo, ele não deve fundir- se na paisagem, deve torna-lo visível não somente para você, mas ainda, e tão pequeno que seja, para todo visitante profano. Algum tempo atrás quando meditava na lâmina do louco do taro, lembro de uma visita que somente conseguiu ver na minha sala esta carta, apesar dela estar em um local relativamente discreto.
O efeito se produz, se ele deve ser produzido. Atenção, você poderá receber o que pediu !

Observe seu símbolo, seja consciente disto que você pediu. Estude-o, desenhe, maravilhe-se com ele. Que o símbolo venha de sua escolha, de uma escolha livre, de uma revista, de um jogo, de um desenho, de um pôster, de uma carta postal, pouco importa se é a sua escolha.

Tome consciência dos objetos que estão ao seu redor, e faça sua escolha. Receba a força do arquétipo que escolhestes, ou do conjunto de arquétipos que você necessita.
Utilize este conhecimento tanto para você quanto para os outros: “que aqueles que possuam olhos possam ver”.