quarta-feira, 21 de maio de 2014

EQUIVALENTES PSICOLÓGICOS DAS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN


                                                                                        
                                                               Por Pseudo-Sedir

Reproduzimos abaixo os efeitos psicológicos das nove sinfonias do Mestre Ludwig Von Beethoven, conforme os estudos dos musicólogos Banõl e Lingerman, objetivando uma audição consciente e interiormente transformadora.

Para efeitos terapêuticos o gosto musical ou a preferencia estética por determinado gênero ou mesmo alguma das sinfonias aqui expostas não é levado em conta, o importante é o efeito produzido pela música escolhida.
Na perspectiva terapêutica, a música deve ser ouvida em profundidade e não apenas “escutada”. Nada adianta escuta-la enquanto se realiza outras tarefas distraidamente (comer, ler, dirigir, etc...). Para alcançarmos nossos objetivos curativos ou motivacionais devemos sentar relaxados e conscientes do que pretendemos com a melodia, a postura é de meditação, onde a música é a chave que abre as portas de nossa autotransformação. Devemos deixar a música penetrar em cada músculo, cada célula, e em cada um de nossos corpos interiores para que ela cumpra seu papel terapêutico (1).

Por que as sinfonias de Beethoven? Deixemos a resposta para o musicólogo Hal Lingerman (2) “ A música de Beethoven é a música de um titã. Sua vida e suas obras fornecem novos acessos às emoções e às condições humanas. Beethoven é o primeiro psicólogo musical a explorar a psique dos sofrimentos da espécie humana, ajudando a humanidade e crescer. Sua música vibra com alegrias e tristezas; como uma ampla energia primordial, ela projeta sobre o ouvinte grandes ondas de força. Às vezes irada, outras vezes calma, a música de Beethoven está cheia de espírito de luta, de coragem e de uma enorme força de vontade; algumas vezes é resistente como o granito. Contudo, ela também pode ser suave e lírica, religiosa e autêntica.”

Após esta belíssima descrição, eis as nove sinfonias com seus efeitos psicológicos e terapêuticos. Boa viagem!

Primeira Sinfonia:

É a sinfonia da “gênesis psicológico”. Deve-se escutar para motivar-nos em tudo o que queiramos iniciar.



Segunda Sinfonia:

É a revolução psicológica: “É um complexo monstruoso, um horrível dragão ferido retorcendo-se que se nega a expirar e que, ainda que no final sangre, segue revolvendo-se e dando furiosas rabanadas a um lado e outro”.



Terceira Sinfonia:

É a da “busca do equilíbrio”. Deve-se escutar para motivar-nos a sair dos estados de nervosismo excessivo, incerteza, desânimo, descontrole e pessimismo.



Quarta Sinfonia:

É a “sinfonia do amor”. Deve-se escutar para motivar-nos a sair dos estados de ódio, vingança e egoísmo.



Quinta Sinfonia (Heroica):

É a do “destino do Homem”. Deve-se escutar para motivar-nos a traçar as estruturas daquilo que queremos na vida, que dizer, a criar nosso destino. Desperta a vontade de vencer.



Sexta Sinfonia (Pastoral):

É a da “Heuristica”. Deve-se escutar para motivar-nos a toda ação criadora, a todo movimento que tende a solucionar problemas.
Os dois primeiros movimentos são especialmente bons para a purificação emocional e para o soerguimento; O movimento “tempestade”, seguido pelo “Hino de Ação de Graças”, também revelam-se muito gratificante.



Sétima Sinfonia:

É a da “exploração do Subconsciente”. Deve-se escutar para motivar-nos a nossa própria autoanálise, a nosso estudo axiológico.



Oitava Sinfonia:

É a “emancipação psicológica”. Deve-se escutar para motivar-nos para as mudanças, transformação e a valorização.



Nona Sinfonia:

É a da “sublimidade” e da “elevação”. Deve-se escutar para motivar-nos a remontar-nos às escalas de sentimentos místicos, de espiritualidade, de devoção.
Retrata também a criação a partir do vazio e culmina no magnífico “Hino para Fraternidade”, que inspira amor universal e compreensão entre as nações.


Notas:

1. Veja detalhes técnicos na bibliografia abaixo.
2. Lingerman, Hal, Op. Cit, pág 129.

Bibliografia:

1. Banõl, Fernando Salazar: Musicoterapia, SP, Sol Nascente, s/dt;
2._________, Biomusica, SP, Sol Nascente, 1986 (em espanhol);
3. Lingerman, Hal, As Energias Curativas da Música, SP, Cultrix, 1990.