sábado, 26 de dezembro de 2015

O Dr. Encausse (Papus)

                   O Dr. Encausse (Papus)*
                                        Por Phaneg**

Agora cumprirei minha promessa, e direi nitidamente de onde vinha a força e a luz de Papus.

Na aurora de nossa civilização, levantou-se uma figura gigantesca, o Cristo-Jesus. Com gosto, Papus o amou e reconheceu. Eis todo seu segredo. Ele compreendeu a verdadeira  identidade daquele cujo nome faz dobrar os joelhos de toda criatura da Terra e do Céu. Ele o amou, reconheceu nele o chefe absoluto, o Guia Supremo, o Pastor dos pastores, o Amigo incomparável cujas mãos poderosas sustentam tão ternamente aqueles que entendem, enfim, seu apelo secular.

No seu coração imenso, Luz é a vida central do Mundo, Papus colocou suas consolações justas, seus conselhos precisos, suas forças curadoras, enfim, esses segredos distribuídos por sua vez a todos os sofredores. Discípulo do Ser inefável cuja satisfação é o dom completo dele e de sua vida, ele sabe que quanto mais o solicitar, mas o Cristo é feliz, e mais Ele concede. Ele conhece de coração que quanto mais se doar, mas receberá, e isto em todos os planos.

Eis leitor amigo, a Fonte onde Papus procurou sempre tudo o que lhe era necessário, malgrado o número enorme dos solicitantes.

Tendo pertencido a uma escola que possui a tradição ora do Evangelho, jamais interrompida até nossos dias, e que diz a todos: “Não destrua, pelas falsas luzes do mental, os ensinamentos maravilhosos transmitidos pelo Evangelho; tome ao pé da letra essas palavras definitivas do vosso Iniciador: ‘Eu estarei convosco até a consumação dos séculos, se guardarem minha palavra, meu Pai vos amarás e vos conduzirás à sua morada’. Jesus vive conosco, não é somente Sua vida que circula nesse infeliz andrajo que vos socorres? Mas quem sabe? Eis talvez O próprio, porque assim Ele disse.”

(...)

Permita-me, você que lê com simpatia, eu espero, essas páginas de boa fé; permita-me perguntar-vos uma coisa. Todas estas ideias são mais que imagens passageiras, são verdadeiramente criaturas vivas? Por favor, não responda ‘a priori’, dê-las um asilo em vosso coração e espere que elas vos falem no silencio e, talvez, elas os revelem um dia as verdadeiras Leis da Vida. 

Notas:

* Publicado originalmente na revista “Le Sphinx”, Nice, 2 de maio de 1920.
** Phaneg é o pseudônimo do célebre Martinista Gerge Descormier (1866 – 1945), amigo íntimo de Papus e discípulo de M. Philippe de Lyon.
*** Traduzido por Pseudo-Sedir.