A CIÊNCIA DOS ESPÍRITOS***
por Eliphas Levi
Breve resumo feito por Pseudo-Sedir
por Eliphas Levi
Breve resumo feito por Pseudo-Sedir
O autor discorre sobre as fontes das teorias sobre as Almas, onde
afirma "os espíritos vivem a um tempo duas vidas: uma geral, comum a
todos; e a outra especial e particular." (p. 66)
A transição (p.68)
Mortos, os espíritos criam seu próprio mundo e suas imagens,
segundo suas crenças e ideologias. Alguns caem no vazio, e nas trevas, devido
sua ignorância. Estas imagens são de vários tipos "As vontades audaciosas
e desregradas produzem larvas e fantasmas. A imaginação tem o poder de formar
coagulações aéreas e eletromagnéticas que refletem os pensamentos durante um
momento e, sobre tudo, os erros do homem ou do círculo de homens que os põe no
mundo".
O autor não aceita a teoria da reencarnação, pois uma vez morto a
Alma segue sua trajetória em outros mundo e planos e não mais pode retornar a
este planeta, pois "é impossível que o mesmo homem renasça duas vezes na
mesma terra". (p.70)
Pretensos espíritos ou fantasmas: (p. 88)
Neste tópico o autor narra e analisa o Livro de Jó, a mais notável
síntese que nos restou do dogma filosófico e mágico da antiga iniciação.
Eliphas afirmar ser este o arquétipo dos médiuns das épocas
antigas, afirma que ele é o mais triste e o mais desesperado dos três amigos de
Jó.
Explicando o contato deste personagem com os mortos afirma:
"Os mortos voltam apenas em nossos sonhos. Assim , o estado de mediomania
é uma extensão do sonho, é o sonambulismo com toda a variedade de seus êxtases.
Aprofundando os fenômenos do sono, dominaremos todos os mistérios do
espiritismo". (91)
O autor explica que Piton é uma palavra que os hebreus tomaram de
empréstimo para designar a grande serpente astral
A luz astral passiva (Ob) estaria por detrais destes fenômenos,
depois lembra que a Luz astral possui duas polaridades mais o equilíbrio:
Luz ativa - Od
Luz passiva - Ob
Luz equilibrada - Aour
Ob é a interprete da fatalidade, do enfraquecimento do
livre-arbítrio e da vontade, é o fluido sonambúlico, enquanto Od é a Luz
dirigida, elevada ao estado de glória.
Recontando a história de Saul que consulta a pitonisa e esta
invoca o espírito de Samuel que prediz sua derrota, este entra em desespero,
desanimo e vai previamente derrotado para guerra e perde. Para Levi essas
invocações são imagens tiradas do princípio passivo de Ob, através do
sonambulismo, ou seja, a pitonisa na verdade leu o inconsciente de Saul (com
seus medos, fantasmas e ideias) e os apresentou como sendo ditadas pelo
espírito de Samuel [ela não faz por trapaça, mas por ignorância do fenômeno].
(93)
Sobre a ressurreição dos mortos: é possível enquanto o organismo
vital não tiver sido destruído. Desta forma estando a Alma ainda nas baixas
regiões do astral, pela ação firme de um Homem de Vontade ela pode retornar ao
seu antigo corpo e voltar à vida.
Sobre Satã afirmar: Seu império é a terra (príncipe do mundo), não
se trata de uma força espiritual, mas de uma força material análoga à
eletricidade, ou melhor, a eletricidade extraviada. (96)
Santo Espiridião (101)
Relatando a história deste santo e de sua filha que tendo enterrado
um tesouro de um amigo, faleceu com o segredo. Na tentativa de tentar descobrir
o lugar, o pai foi ao túmulo da filha e após uma invocação teve a revelação de
onde se encontrava o tesouro. Explicação de Levi: a ida do pai ao túmulo serviu
para evocar lembranças e obter por simpatia magnética uma intuição de Segunda
visão [ou mesmo uma lembrança, quem sabe a filha não o teria dito em vida e ele
havia esquecido o fato?].
Capitulo IV (106)
Ë relatada e explicada a participação do sangue nos rituais e
sacrifícios antigos, além de suas propriedades: "O sangue é o grande
agente simpático da vida; é o motor da imaginação, é o substratum animado da
luz magnética ou da luz astral polarizada nos seres vivos; é a primeira encarnação
do fluido universal, é a luz vital materializada."
"Todos os mistérios religiosos são igualmente mistérios de
sangue" Não há culto sem sacrifícios.."
Para Paracelso "É do vapor do sangue que a imaginação tira
todos os fantasmas que cria".
Levi discorre sobre a relação entre sacrifício e sangue e seu
papel e legitimidade no mundo antigo, MAS nos tempos atuais isto não é mais
necessário, pois "Jesus morreu pela abolição dos sacrifícios
sangrentos" assim o reino dos deuses de sangue terminou.
O autor associa o espiritismo moderno aos antigos cultos
sanguinários, já que eles utilizaram os mesmo princípios fluídicos para dar
vida a suas mensagens: "o magnetismo é a projeção dos espíritos do sangue
e vós magnetizais os vossos móveis, empobrecendo o vosso cérebro e o vosso
coração".
Capitulo VI
Sobre o mundo antigo e a morte do velho culto: "Com Apolônio
de Tiana, o velho mundo parecia Ter dito sua última palavra".
Capítulo VII (120)
Para o autor só existe um meio dos espíritos voltarem a terra: a
ressurreição. Ele lembra que os teólogos ensinam que os mortos não podem se
manifestar neste plano e que são os demônios quem atendem aos apelos dos
mortais.
Vampirismo (126): "Monomaníacos que são fatalmente levados a
alimentar-se com a carne dos mortos", mas os verdadeiros vampiros são
mortos que aspiram e sugam o sangue dos vivos. Os médiuns não comem, é verdade,
a carne dos mortos, mas aspiram por todo seu organismo nervoso o fósforo dos
cadáveres ou luz espectral. Não são vampiros, mas evocam os vampiros. Também
são todos frágeis e doentes, frágeis de espírito e de corpo, fatalmente
propenso às alucinações e à loucura. “O espiritismo é o onanismo das
almas"
Ele lembra que Moisés condenou a consulta a Oboth, que são os
fantasmas do OB ou a luz passiva.
Casas fantasmas (128): O autor atribui às aparições e demais
fenômenos que podem ocorrer nestes ambientes a uma magnetização desregrada, um
vício ou desvio da luz astral passiva, que provocaria ilusões e manifestações
(mesmo as tangíveis) presenciadas por todos.
Outros casos, ainda mais simples, são consequências do ar viciado
do ambiente, basta arejar a casa e tudo volta ao seu normal.
OBS: O que o autor não explica é o motivo desta má magnetização
destes ambientes.
*** Levi, Eliphas: A Ciência dos Espíritos, SP, edt Pensamento, 1997
Boa tarde
ResponderExcluir"é impossível que o mesmo homem renasça duas vezes na mesma terra". (p.70)
Nesta afirmação não poderíamos interpretar que o homem não será mais o mesmo uma vez transformado pela transição? E a Terra não mais a mesma, não seria como dizer que o rio que vemos hoje não é mais o que vimos ontem? Ou seja, o homem não voltará a ser o que era, pois não há involução (segundo algumas tradições), assim como a Terra que está em constante movimento e transformação, tanto geologicamente quanto socialmente.
Se a resposta for negativa, como Levi entende a evolução da Alma e o processo de Reintegração?
Fraternalmente.
Obrigado pelo comentário.
ResponderExcluirAcredito que Levi tenha sido mais literal e esteja falando contra a ideia de reencarnação, que até Papus, não tinha a unanimidade dos Iniciados.
Não lembro de ter lido a expressão Reintegração nos livros de Levi.
TFA
Muito obrigado.
ExcluirTFA
Em O GRANDE ARCANO, Eliphas diz: "aspirar a um segundo nascimento e de começar vida nova. Mas concordo que ele nunca tratou desse assunto de maneira clara.
ResponderExcluirEu amei... belíssima explicação...estou encsnenca , obrigada....
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