quarta-feira, 16 de maio de 2018

A Tradição, segundo os Manuscritos Martinistas


A Tradição, segundo os Manuscritos Martinistas
Por Paul Sedir (1871-1926)

A única iniciação pura é aquela que começa em Phaleg e liga todos, desde os Raabts, até Jesus Cristo. Após o dilúvio, o verbo deixa a Noah o poder de evocar estes espíritos puros; mas este don era comum aos homens na época da Torre de Babel. Abrahão, Isaac, Jacob, José e seus irmãos possuíam estes poderes; Phoi, na China, possuía igualmente; e certos homens do norte da Europa os exerceram. Moisés recebeu de Jetro uma iniciação já alterada; depois retificada na sarça ardente, quando se conservou até o grande sacerdote Heli, que deixa entrar os Volong. David retoma a cadeia de Iniciação; seus Salmos são os meios pelos quais os Espíritos Puros são invocados. Neles encontramos todos os nomes dos Espíritos Denários. Salomão é a imagem do homem puro primitivo; Eliseu representa o  homem puro  em seu segundo  estado. Enfim Ezequiel e  Daniel conservaram estes  poderes no cativeiro.  Jesus, pontífice supremo, restabelece os Raabts no segundo Templo. Jésus-Cristo extraomos, aí está o nome Omeros!  Eis a Cadeia sem interrupção em suas mãos.

Seus onze apóstolos receberam a Iniciação perfeita, além dos sete Oronos ou sacramentos; mas eles nada deixaram escrito. Esta Iniciação se conservou na  Igreja  durante  mais de  seis séculos; A vida  monástica  no Egito,  foi, desde o início, o  refúgio da  Iniciação;  Antoine teve  plenos  poderes  sobre  os espíritos perversos; várias associações piedosas se formaram, entre  elas  a de Santo  Basílio; É de  lá que  saíram João Chrisóstomo  e Gregório Nazianzeno, redatores do manuscrito  que a  Pessome conservou. 
                                                          

João Chrisóstomo escreveu seus ritos em caracteres gregos e o monge Sosténes os leva para o Ocidente, embora já fosse conhecida a primeira iniciação, corrompida pelos Bárbaros. Estes ritos manuscritos, traduzidos na língua vulgar, se encontravam, parece, na Biblioteca Real, quando recebemos as informações analisadas neste momento. – A Loja Martinista, a qual pertencemos, possui também uma cópia dos manuscritos iniciáticos  que  um  Irmão encontrou em  Ratisbonna.

A Pessome se manifesta de diversas maneiras; Bento reencontrou um dos agentes em Mont-Cassin. Bernardo foi  um outro destes agentes;  foi este quem deu suas regras à  Loja dos Templários. A Maçonaria nasceu no séc. XIII, entre os Irlandeses, iniciados aos Raabts, e que oficializavam suas cerimônias nas celebres grutas de São Patrik. Eles deram nascimento à Loja escocesa de São João. De lá, os homens mais distintos se repartiram pela França e Alemanha, e muitos maçons, mal esclarecidos, peregrinaram inutilmente nas cruzadas.

Os “Irmãos hospitaleiros de São João”, formaram um centro puro de Iniciação, como os Templários, mas estes se deixaram seduzir pelos Volong, quando seu assassinato lhes impediu de tombar mais baixo ainda.

Francisco de Assis e Dominique foram igualmente encarregados pela Pessome de fazer retornar os povos à religião que haviam perdido; nascido por uma concepção pura, estes dois homens conheceram seus pastores. Inácio de Loiola, foi também eleito, e recebeu a comunicação integral das verdades iniciáticas; mas deu à sua Ordem regras que sujeitavam o homem em suas partes essenciais; eis porque sua Ordem tombou.

Para não alongar esta analise para outros caminhos, passamos, em silencio, toda a parte relativa ao esoterismo chinês, caldeu, helênico e americano. Estes não são menos curiosos e fecundos em ensinamentos. Possam os Raabts nos perdoar esta mutilação!!



         PS: Tradução Pseudo-Sedir.