O Dr. Encausse (Papus)*
Por
Phaneg**
Agora cumprirei minha
promessa, e direi nitidamente de onde vinha a força e a luz de Papus.
Na aurora de nossa
civilização, levantou-se uma figura gigantesca, o Cristo-Jesus. Com gosto,
Papus o amou e reconheceu. Eis todo seu segredo. Ele compreendeu a verdadeira identidade daquele cujo nome faz dobrar os
joelhos de toda criatura da Terra e do Céu. Ele o amou, reconheceu nele o chefe
absoluto, o Guia Supremo, o Pastor dos pastores, o Amigo incomparável cujas
mãos poderosas sustentam tão ternamente aqueles que entendem, enfim, seu apelo
secular.
No seu coração imenso,
Luz é a vida central do Mundo, Papus colocou suas consolações justas, seus
conselhos precisos, suas forças curadoras, enfim, esses segredos distribuídos
por sua vez a todos os sofredores. Discípulo do Ser inefável cuja satisfação é
o dom completo dele e de sua vida, ele sabe que quanto mais o solicitar, mas o
Cristo é feliz, e mais Ele concede. Ele conhece de coração que quanto mais se
doar, mas receberá, e isto em todos os planos.
Eis leitor amigo, a
Fonte onde Papus procurou sempre tudo o que lhe era necessário, malgrado o
número enorme dos solicitantes.
Tendo pertencido a uma
escola que possui a tradição ora do Evangelho, jamais interrompida até nossos
dias, e que diz a todos: “Não destrua, pelas falsas luzes do mental, os
ensinamentos maravilhosos transmitidos pelo Evangelho; tome ao pé da letra
essas palavras definitivas do vosso Iniciador: ‘Eu estarei convosco até a
consumação dos séculos, se guardarem minha palavra, meu Pai vos amarás e vos
conduzirás à sua morada’. Jesus vive conosco, não é somente Sua vida que
circula nesse infeliz andrajo que vos socorres? Mas quem sabe? Eis talvez O
próprio, porque assim Ele disse.”
(...)
Permita-me, você que lê
com simpatia, eu espero, essas páginas de boa fé; permita-me perguntar-vos uma
coisa. Todas estas ideias são mais que imagens passageiras, são verdadeiramente
criaturas vivas? Por favor, não responda ‘a priori’, dê-las um asilo em vosso
coração e espere que elas vos falem no silencio e, talvez, elas os revelem um
dia as verdadeiras Leis da Vida.
Notas:
* Publicado
originalmente na revista “Le Sphinx”, Nice, 2 de maio de 1920.
** Phaneg é o pseudônimo
do célebre Martinista Gerge Descormier (1866 – 1945), amigo íntimo de Papus e
discípulo de M. Philippe de Lyon.
*** Traduzido por Pseudo-Sedir.
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