Reencarnação: A Surpreendente Visão Tradicional*
Por Lecabel**
A ideia do presente artigo teve origem na observação de que, principalmente a partir do final do século XIX, alguns assuntos esotéricos vêm sendo abordados sem uma reflexão mais profunda, repetidos a partir de pensadores modernos que criaram doutrinas próprias sem base alguma em uma linhagem tradicional de transmissão. As Doutrinas Tradicionais que foram perpetuadas por grupos muito pequenos e fechados no Ocidente e grandes grupos no Oriente, de mestre a discípulo sem interrupção desde a Antiguidade, parecem estar esquecidas pela maioria e, o que complica ainda mais a situação, a visão das pessoas está tão distorcida que, quando estes ensinamentos são mencionados, elas os condenam ou desprezam como "coisas ultrapassadas" ou "superstições", fechando completamente o caminho que poderia conduzi-las à sua (re)descoberta.
Poucos têm o cuidado de verificar se a escola esotérica à qual querem filiar-se tem realmente uma transmissão direta desde sua antiga origem ou se ela se apossou ilegitimamente do nome de uma grande corrente espiritual para que seu trabalho parecesse autêntico; geralmente estas últimas narram uma história cujo caráter fictício pode ser descoberto por meio de uma avaliação mais profunda e imparcial de suas afirmações.
A TRANSMIGRAÇÃO DA ALMA
As Tradições, em todos os
lugares e em todas as épocas, sempre ensinaram que a alma, de acordo com seus
apegos e com aquilo que realizou de bom ou ruim, pode renascer em diversas
condições, tanto no mundo material quanto nos mundos invisíveis.
1) Renascimento como humano:
ocorre com aqueles que mantiveram mais ou menos a mesma mentalidade durante a
vida, fazendo pouco progresso. A condição em que vai nascer e viver
(facilidades e dificuldades na vida) vai ser determinada pelo karma acumulado.
É uma grande oportunidade para evoluir e deveria ser aproveitada ao máximo.
2) Renascimento como animal:
aqueles que, devido à sua degeneração moral e qualidade inferior de sua mente e
emoções, são atraídos para corpos de animais cujos hábitos são compatíveis com
seu estado interno.
Além destas duas formas de
retorno, específicas para o mundo visível, a alma também pode renascer em 4
mundos invisíveis:
1) Mundo dos anjos, santos ou divindades
luminosas: é o Céu, para onde vão as almas virtuosas, que fizeram grande
progresso e têm um maior grau de desapego, encontrando facilidade para romper
os laços que as prendem à terra. Este céu não é definitivo; algumas vezes, após
esgotada a energia gerada pelas virtudes e méritos, a alma volta a transmigrar.
2) Mundo das almas penadas ou
famintas: são aquelas que, devido ao seu grande apego, ficam ligadas às
coisas terrenas; são também chamadas de "fantasmas". No filme Ghost,
a alma do personagem principal ficou neste estado até que o motivo de seu apego
fosse eliminado. Algumas ficam décadas ou séculos presas ao lugar onde moraram,
dando origem às "casas mal-assombradas".
3) Mundo dos demônios, titãs
ou divindades obscuras: são aquelas que têm um poder relativo, mas o
utilizam de forma egoísta; são a "máfia" do astral, e os que entram
para este caminho têm muita dificuldade de sair. Quem trabalhou com poderes
psíquicos, controle da mente, magia e outras formas de paranormalidade sem fazer
um trabalho de purificação da mente e emoções e sem seguir um caminho
espiritual tradicional é um sério candidato a este tipo de renascimento. Uma de
suas características principais é o desejo de poder, e por causa disso eles
vivem lutando entre si e contra as Forças da Luz; usando de persuasão sutil
tentam arregimentar o máximo possível de colaboradores tanto no mundo visível
quanto no invisível. É importante notar que o mundo habitado por esses demônios
não é o inferno, como geralmente se pensa.
4) Mundo infernal, purgatório
ou prisões subterrâneas: ficam detidas ali aquelas almas que carregam
grandes culpas por causa de seus atos; recebem então castigos e sofrem muito
até ficarem livres desse peso, podendo então reencarnar em um animal ou humano,
de acordo com a gravidade de seus erros. No filme Ghost, os criminosos
são arrastados para essas prisões por seres estranhos, os quais são os
responsáveis pelo cumprimento da pena.
Os animais, as almas famintas e
as prisioneiras são consideradas como condições abaixo da condição humana; os
outros dois, anjos e demônios, ficam acima dos homens.
Dessa forma, a alma permanece em
transmigração pelos seis mundos de existência descritos acima, por um período
indefinido, evoluindo e involuindo de acordo com suas mudanças internas. Seu
progresso não é automático de acordo com o número de reencarnações, mas requer
um trabalho árduo, constante, consciente e voluntário em direção ao espiritual.
Como os animais não têm livre-arbítrio, necessitam das pessoas com as quais convivem
para alcançar novamente (ou pela primeira vez) o nível humano.
A queda do homem primordial na
roda de transmigrações, que os budistas chamam de Samsara, só pode ser
superada através de uma dedicação profunda a intensas práticas espirituais
tradicionais que permitem que o estado de exílio nos seis mundos seja transcendido e ocorra um salto de
retorno à Origem, ou seja, a Reintegração.
Roda de Samsara |
TESTEMUNHO DOS MESTRES
Para que os leitores tenham uma
idéia da universalidade desse conceito, ultrapassando lugares, épocas e todos
os tipos de cultura, vamos transcrever abaixo alguns trechos de obras muito
conhecidas pelos estudiosos, cujos autores são grandes autoridades em suas
respectivas Tradições.
Um autor que, por fazer
referência ao esoterismo cristão ainda existente na Igreja em sua época, antes
dos primeiros Concílios que a transformaram em uma instituição exotérica, era
um dos prediletos de Louis-Claude de Saint-Martin, Orígenes, refere-se
claramente à mesma doutrina[2]:
"É uma evidência de grande negligência e preguiça, que aquele que cair a
tal (cúmulo de degradação), e ficar a tal ponto esgotado, como que alcançando o
mal, pode ser trancado no corpo grosseiro de um animal irracional de
carga." Mais adiante continua: "E desde que todos são possuidores de
livre-arbítrio, e podem por sua própria vontade acolher tanto o bem quanto o
mal ...diferentes condutas e diversas vontades admitirão de uma diferente condição
em uma ou outra direção, ou seja, anjos podem tornar-se homens ou demônios, e
novamente dos últimos eles podem ascender para serem homens ou anjos."
No Bhaghavad-Gita[3], um
dos grandes livros sagrados da Tradição Hindú, podemos ler: "Aqueles que
estão situados no modo da bondade (sattva) ascendem gradualmente aos mundos
superiores; aqueles que estão no modo da paixão (rajas) vivem no mundo
terrestre; e aqueles que estão no modo da ignorância (tamas) caem nos mundos
infernais".
O atual Dalai Lama, uma das maiores autoridades do Budismo Tibetano, em seu livro O Despertar da Visão da Sabedoria[4], enumera os mesmos seis mundos em que a alma pode renascer: "Celestiais (deva), titãs (asura), homens (manusya), espíritos famintos (preta), animais (tiryagyoni) e espectros infernais (naraka-sattva)". Acrescenta ainda: "Os estados de pesar e privação [são] em número de três: espíritos famintos (preta), animais (tiryagyoni) e espectros infernais (nirayaka). Estes não constituem imaginações fantásticas e sim representam experiências daqueles que tornaram a inabilidade tão forte dentro de si mesmos a ponto de suas mentes não serem mais humanas. Portanto, estes seres submergem para vivenciar estados subumanos [isto é, renascem em condição inferior à humana][5]".
Platão, o grande filósofo e iniciado grego, escreveu[6]: "Portanto, um homem que, a cada renovação de sua vida terrestre, se aplicasse à sã filosofia, seria não só feliz sobre a terra, mas também, em sua viagem daqui para lá e em sua volta, andaria por suave caminho celestial e não pela escabrosa senda subterrânea." Mais adiante acrescenta: "As almas passam, indiferentes, dos corpos dos animais aos dos homens e destes àqueles." Pitágoras e seus discípulos, assim como os antigos egípcios dos quais os gregos receberam suas Iniciações, todos ensinavam a mesma doutrina.
Helena Petrovna Blavatsky (de
agora em diante, H.P.B.) e discípulos em seu Glossário Teosófico[7]
afirmam: "Nos livros exotéricos do Oriente diz-se que a Alma transmigra
das formas humanas para as formas animais e pode passar para outras formas
ainda mais inferiores (vegetais ou minerais). Esta crença é geralmente aceita
não só nos países orientais mas também no Ocidente, entre os prosélitos de
Pitágoras e de Platão; porém a filosofia esotérica rechaça totalmente tal
afirmação por ser irracional e porque se opõe abertamente às leis fundamentais
da Natureza. O Ego humano pode encarnar apenas em formas humanas, pois
só estas oferecem as condições através das quais são possíveis as suas funções;
jamais poderá viver em corpos animais nem retroceder ao bruto, porque isso
seria ir contra a lei da evolução".
As afirmações acima têm três
grandes equívocos que procuraremos esclarecer abaixo:
1) Quais são os livros
exotéricos do Oriente mencionados por H.P.B? Nas Tradições orientais
(Hinduísmo, Budismo e Taoísmo) não existe separação entre as
escolas exotérica e esotérica, ao contrário do que ocorre nas Tradições que
surgiram no Oriente Médio (Judaica, Cristã e Islâmica).
As doutrinas ensinadas no Oriente
fluem naturalmente desde aquilo que é mais superficial (para o povo) até o que
é mais profundo (para os sacerdotes) sem haver substituição de ensinamentos, do
mesmo modo como ocorre no ensino comum que vai desde o nível primário até o
superior, sem perda de continuidade. Qual o Ph.D. em Física que poderia deixar
de lado as 4 operações da aritmética aprendidas no primário? Da mesma forma, no
Oriente, o que é ensinado para o povo e os neófitos continua sendo utilizado
pelos Mestres.
Podemos citar aqui como exemplo o
Hinduísmo. Os Vedas, Upanishads, Puranas, Tantras, Bhagavad-Gita,
etc. são os mesmos livros utilizados tanto pelo povo quanto pelos mais elevados
Mestres; todos mantendo a mesma visão acerca da transmigração da alma. Neste
caso, quais seriam então os livros exotéricos? Podemos afirmar com
segurança que eles simplesmente não existem. H.P.B. conseguiu difundir
estas idéias equivocadas devido à falta de conhecimento dos ocidentais daquela
época[8] (e
até mesmo daqueles dos tempos atuais, apesar da chegada dos verdadeiros
ensinamentos há alguns anos) acerca das tradições do Oriente.
Outro fato, talvez até mais
esclarecedor e interessante, é que nas Tradições que tiveram origem no Oriente
Médio - onde realmente existe uma separação bem definida entre exoterismo e
esoterismo - ocorre exatamente o oposto do que foi afirmado por H.P.B.,
ou seja, as doutrinas exotéricas (para o povo) geralmente afirmam que a
reencarnação não existe, enquanto que as doutrinas esotéricas verdadeiras (para
os iniciados) ensinam a transmigração.
Como exemplo, podemos citar o
Judaísmo - doutrina exotérica, externa - no qual alguns rabinos não aceitam a
reencarnação e outros sim. Seu lado esotérico, interno e profundo é a Kabbalah que ensina a transmigração da
alma, à qual denominam gilgul neshamot.
O ilustre Rabbi Avraham Brandwein[1],
de Israel, explica por que o ensinamento da transmigração foi omitido no
Judaísmo exotérico: "O tema gilgul neshamot, a reencarnação[2] das
almas, não é mencionado explicitamente na Torah[3]. No Zohar[4], por
outro lado, no Parashat Mishpatim, sob o título Saba deMishpatim
(o Ancião ou o Avô de Parashat Mishpatim),
os segredos da reencarnação são discutidos minuciosamente. Eles são então
desenvolvidos por Ari HaKadosh[5],
Rabbi Yitzhak Luria, em um livro dedicado a este assunto, Shaar HaGilgulim,
O Portal das Reencarnações. Existe uma razão pela qual não
encontramos qualquer menção explícita de gilgul na Tanach (somente por
insinuações e alusões). Deus quer que o homem seja completamente livre para
fazer tudo o que deseje, de modo que ele possa ser totalmente responsável por
suas ações. Se fosse revelado explicitamente a uma pessoa que ela reencarnaria
com certeza se falhasse em corrigir suas ações, ela poderia permanecer
indiferente e apática. Poderia não dar tudo de si para acelerar sua evolução pessoal.
Achando que poderia não ter influência na direção de sua vida, poderia
renunciar de todas as responsabilidades e deixar tudo nas mãos do
"destino"[6]
Mais adiante afirma: "Mencionamos o princípio de que todas as coisas contêm um poder que dá vida a elas. Em um ser humano, este poder é verdadeiramente divino, e é chamado neshamah. Os animais também têm uma alma que é denominada nefesh ha'behemit (alma animal). [Plantas e outros seres que se desenvolvem têm uma alma vegetativa.] A matéria inerte também contém uma porção daquele poder que é chamado de nefesh. Uma alma humana pode também encarnar nestas formas inferiores como uma punição pelos seus pecados. No Shaar HaGilgulim, Ari[7] oferece numerosos exemplos de tais reencarnações nas quais a alma de uma pessoa que fez o mal deliberadamente, dependendo da severidade do pecado, entra em várias formas de matéria inerte ou orgânica, ou em animais. Somente após uma longa e árdua jornada pode tal alma retornar [e reencarnar como um ser humano novamente] e finalmente tornar-se purificada o suficiente para retornar à sua Fonte."
2) H.P.B. continua, no mesmo
parágrafo: "Este falso ponto de vista é um disfarce do ensinamento
esotérico e só pode ser admitido no sentido alegórico, do mesmo modo que
chamamos de 'tigre' o homem de instintos cruéis, 'raposa' àquele dotado de
muita sagacidade e astúcia, etc."
3) O conceito de evolução, como
algo que só pode ir adiante, sem possibilidade de involução, também é moderno.
É impossivel encontrar esta idéia nos grandes iluminados, autores de livros
espirituais, que viveram antes de Blavatsky; além disso, esse conceito é
completamente rejeitado pelos mestres atuais das grandes Tradições milenares. A
própria realidade das coisas demonstra isso: as
civilizações evoluem e involuem, os seres humanos melhoram e pioram em diversos
aspectos; nada anda somente para a frente.
Como os Lamas
tibetanos, da mesma forma que todos os Mestres budistas das outras correntes
não-tibetanas[16],
têm uma visão completamente diferente da de Blavatsky, podemos chegar a duas
conclusões: ou ela resolveu ir por um caminho próprio, divergindo de seus
mestres, ou devemos colocar em dúvida sua iniciação no Budismo Tibetano[17].
ORIGEM DO CONCEITO
MODERNO DE REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO
Até onde conseguimos
pesquisar, constatamos que antes de Helena P. Blavastsky e Allan Kardek não
havia nenhuma doutrina sobre reencarnação e evolução, da forma na qual eles
ensinaram, em nenhum movimento exotérico ou esotérico. Somente após os dois
é que tais idéias foram emprestadas e assimiladas por outros movimentos, tais
como as diversas Ordens Iniciáticas ocidentais, até que se tornaram
extremamente populares.
Kardek foi muito
influenciado pelas idéias de Blavatsky no que diz respeito à reencarnação; como
isso é uma longa história, com muitos detalhes, recomendamos ao leitor o livro L'Erreur
Spirite (O Erro Espírita) de René Guénon[18]. É
interessante notar que o Livro dos Espíritos não foi psicografado por
Allan Kardek, mas por médiuns dirigidos por ele.
Alguns ocultistas
modernos e espíritas tentaram desvendar o mistério da reencarnação através da
viagem astral ou projeção, porém isto é impossível para aqueles que não
atingiram um nível espiritual elevado que permitisse chegar até a Origem do
Universo e dos seres, como os Mestres do Oriente conseguem. Os médiuns e
ocultistas só conseguem registrar os fenômenos astrais[19],
que são muito limitados e ilusórios.
Ele prossegue
alertando que H.P.B. (e não os "Mahatmas", como ela declarava)
retirou todo o conteúdo de seu livro de duas fontes principais: dos ocultistas
franceses, principalmente Eliphas Levi (parte kabalística) e de um livro tibetano,
o Tandjur (Bstan-Hgyur), e conclui: "Nos sentimos obrigados a alongar um
pouco esta exposição sobre o teosofismo; nosso dever é de prevenir os ingênuos
- que eles façam agora o que lhes parecer melhor."
Papus, utilizou na
citação acima a expressão teosofismo e não teosofia para se
referir à doutrina de Blavatsky. Teosofia, segundo Guénon[21], é
um conjunto de doutrinas místicas ocidentais que têm por base o Cristianismo e
cujos maiores representantes são Jacob Boehme, Gichtel, William Law, Jane Lead,
Swedenborg, Louis-Claude de Saint-Martin e d'Eckartshausen; ela não tem nada em
comum com a doutrina de H.P.B.
Papus descobriu
diversas distorções da Tradição nos ensinamentos de H.P.B. e corrigiu
brilhantemente quase todos. Infelizmente, talvez levado por sua formação
científica[22],
não conseguiu perceber o caráter não-tradicional do que ela ensinava sobre a
reencarnação, fazendo com que, devido à sua autoridade e influência sobre todas
as Ordens esotéricas, os iniciados ocidentais daí em diante repetissem o que
tudo indica ser um equívoco.
Podemos ver, pelos
escritos de grandes autoridades e pelos ensinamentos orais dos Mestres das
Tradições milenares que foram preservadas até os nossos dias sem sofrer
influência externa, que o conceito tradicional de reencarnação sempre foi muito
diferente daquele que modernamente é ensinado no Ocidente por causa da
influência de Blavatsky e Kardek. Para melhor reflexão do leitor, enunciamos as
questões abaixo:
Como poderiam estar
errados os maiores Mestres de todos os tempos e de todas as Tradições, os quais
tinham completo acesso a todos os mundos invisíveis, inclusive o espiritual?
Como civilizações e
culturas tão diferentes, distantes entre si tanto no tempo como no espaço,
tinham conhecimentos idênticos a respeito da reencarnação (transmigração)?
1. Tradição é o
Ensinamento inspirado pela Mente Divina diretamente aos grandes Avatares
(Jesus, Maomé, Moisés, Lao Tsé, Buda, Confúcio e outros) e que seguiu sendo transmitido de mestre a
discípulo em linhagens ininterruptas ao longo dos séculos.
2. Etimologicamente
significa "retornar para a carne".
3. Wu Jyh Cherng - Iniciação
ao Taoísmo, Mauad Editora, Rio de Janeiro, págs. 83-100.
4. Orígenes - De
Principiis, Livro I.
5. Bhaghavad-Gita, Cap.
XIV, verso 18.
6. Dalai Lama (Tenzin
Gyatso) - O Despertar da Visão da Sabedoria, Editora Teosófica,
Brasília, pág. 124.
7. Dalai Lama, idem,
pág. 49.
8. Platão - A
República, Atena Editora, São Paulo. Págs. 448 e 449.
9. Blavatsky, Helena P., Glossário
Teosófico, Ed. Ground, São Paulo. Verbete "Reencarnação".
10. Final do século XIX.
11. Esta citação foi
tirada do artigo Gilgul Neshamot - Reincarnation of the Souls, disponível
no site www.projectmind.org/exoteric/brandwein.html
12. O termo
"reencarnação" é utilizado aqui pelo Rabbi exatamente no sentido de
"transmigração", como ficará claro no próximo parágrafo. Na verdade,
a melhor tradução de "gilgul" é "transmigração".
13. Torah
significa a Lei Mosaica e o livro que a contém, o Pentateuco.
14. O Zohar ou Livro
do Esplendor é um dos principais livros da Kabbalah hebraica (juntamente
com o Sepher Yetzirah); é uma obra muito extensa constituida por ensinamentos
orais esotéricos antiquíssimos colocados na forma escrita pelo Rabbi Shimon
Bar Yochai (150 - 230 d.C.).
15. Rabbi Yitzhak Luria,
também conhecido como Ari, nasceu em Jerusalém em 1534. É considerado
um dos três maiores kabalistas de todos os tempos. Foi o primeiro a divulgar em
maior escala a Kabbalah, que até então
só era ensinada em círculos extremamente restritos. Ele é conhecido como
reencarnação do Rabbi Shimon Bar Yochai, que escreveu o Zohar.
16. Provavelmente esta é
a razão que deve ter levado também a Igreja Cristã a retirar a reencarnação
(transmigração) de sua doutrina exotérica.
17. Ver nota no. 15.
18. Fazemos questão de
enfatizar que esta visão não é exclusiva do Budismo Tibetano.
19. A respeito de fatos
que indicam que H.P.B. talvez nunca tenha sido iniciada no Budismo Tibetano,
podemos ler o livro Le Théosophisme de René Guénon (Éditions
Traditionnelles). Existe uma versão espanhola com o título de El Teosofismo,
Historia de Una Pseudorreligión (Ediciones Obelisco, Barcelona).
20. Editions
Traditionelles, Paris.
21. O mundo astral é o
intermediário entre o físico e o espiritual.
22. Papus - Bibliographíe
Méthodique de la Science Occulte (Livres Modernes), Chamuel Éditeur, Paris,
1892. Pág. 61.
23. René Guénon, Le Théosophisme,
Éditions Traditionnelles, Paris.
24. Papus foi um grande
médico e pesquisador.
* Artigo retirado da
revista “L´Initiation” , N. 10, Julho/Setembro de 2003. Versão
brasileira. Pág. 19 até 32.
** Lecabel, S::I::I
(Martinismo Livre - Linhagem de Philipe Encausse/Boisset), membro da OKRC, FRC
XIII e Sacerdote Taoísta.
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