Um pequeno texto para reflexão dos Iniciados e dos médiuns. Seu objetivo não é provocar polêmicas, mas contribuir para o entendimento dos motivos do martinismo, e demais Ordens iniciáticas, não aprovar ou recomendar as práticas espíritas mediúnicas. (Pseudo-Sedir).
Mediunidade e iniciação**
PAI VELHO ‑ Mediunidade não é ramo
de iniciação; pelo contrário, elas são incompatíveis.
Quem nasce médium já traz, por efeito do Karma, um rompimento congênito em sua
tela que possibilitará, através dessa provação, contatos com os mundos supra-físicos
e as entidades que nele habitam.
Suponha que numa encarnação passada
você teve poderes naturais, inatos, inerentes à sua própria constituição, os
quais lhe deram não só consciência dos mundos supra-físicos, mas, também,
poderes mágicos para atuar livremente nos elementos, elementais, elementares e
todos os reinos da natureza. Você seria um puro, teria todos os veículos
superiores plenamente desenvolvidos e todos os chacras em perfeito funcionamento,
seria clarividente, vidente, podendo se locomover em qualquer plano sem
restrições. Nesse estado, estaria de posse da lei imutável, tendo plena acepção
do bem e do mal. Suponhamos que, mesmo com todos esses conhecimentos, você
usasse esses poderes naturais para uso próprio. Estaria, automaticamente,
fazendo magia negra e contrariando a lei. Conforme você descambasse para essa prática
acumularia Karma, que atuaria no seu átomo primordial(1) etérico, ali se
fixando definitivamente. Ao desencarnar, você levaria esse átomo primordial,
bem como os dos outros planos. Encarnando novamente, já traria um rompimento
na sua tela, consequência da última encarnação, gravado no átomo primordial etérico.
Você resgataria o erro através da medunidade, fator probatório ou Kármico;
através da evolução mediúnica poderia ou não fechar esse rompimento para,
então, trilhar a próxima etapa do caminho, que é a iniciação consciente.
Assim aconteceu com as primeiras
raças, inocentes, puras, semidivinas, que agiam segundo a lei. Ao usarem seus poderes de forma indevida criaram o Karma da mediunidade inconsciente e ao
reencarnarem trouxeram essa “faculdade nova", inédita na raça: médiuns. Dessa forma nasceu a mediunidade.
Fazendo o melhor uso possível dessa faculdade, usando‑a exclusivamente em prol
do amor e dos seus semelhantes, o médium pode se libertar desse Karma,
começando uma nova etapa ‑ o caminho da
iniciação.
ZIVAN ‑ O médium pode alcançar todos
os graus de iniciação nessa encarnação?
PAI VELHO ‑ Não. Como já disse
antes, a mediunidade e a iniciação são incompatíveis. Apenas o médium
adiantado pode atingir os graus menores; a total iniciação somente na
encarnação futura, e isso se ele levou a sua provação Kármica a bom termo, ou
seja, não usufruindo nada em proveito próprio e sempre usando os seus poderes
para fins que visem o bem geral da humanidade e o amor ao próximo.
Por esse motivo, o médium tem
grandes responsabilidades em relação à sua evolução particular e à das
entidades a ele ligadas por laços de afinidade. O médium pode ou não ser de
grande utilidade na sociedade. Aquele que falha na sua missão mediúnica
geralmente reencarna com provação mais espinhosa, de mais difícil resgate, mas
todos se encaminham para o incêndio de luz e amor que é o Senhor do Mundo. A
mediunidade pode ser o caminho mais longo para se encontrar a luz e o caminho
mais curto para as trevas. Tudo depende do livre‑arbítrio de cada um.
(1) Átomo
primordial é o átomo indestrutível, inerente a cada plano e que está presente
em todas as encarnações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário